Sargento que matou colega militar, não é maluco.

Sargento que matou colega militar, não é maluco.
11 mar 2022

Uma perícia psiquiátrica apontou que o sargento José Matias que matou o policial Cristyano Rondenelli em setembro de 2020, não tinha transtornos mentais à época do crime. A informação foi passada para a imprensa nesta sexta-feira (11) pelo advogado da família da vítima.

O documento, elaborado por um psiquiatra, mostrou que o sargento, apesar de perturbação da saúde mental, era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato. A perícia foi solicitada pelo MPE – Ministério Público do Estado – após dúvidas sobre a integridade mental do sargento José Matias.

Pelas informações do laudo, o sargento negou história psiquiátrica na família, assim como o comprometimento pelo uso de álcool em sua vida. Ele narrou os momentos antes do crime, e disse que estava em confraternização com amigos, onde ingeriu bebida alcoólica e depois foi embora com amigos.

O acusado disse também, que não lembra dos disparos contra o soldado Rondinelli e nem de conflitos com ele. Depois, o sargento disse que se lembra de estar na viatura da polícia. Ele negou sentir remorso com o fato. De  acordo com o laudo psiquiátrico, o sargento descreveu a situação com tom de voz normal.

Com o resultado da perícia, o advogado da família do soldado Rondinelli aguarda os próximos passos do processo.

O o sargento Jose Mathias responde o crime em liberdade. A defesa não foi localizada para falar sobre o caso.

O crime

Em setembro de 2020, os dois militares voltavam de uma confraternização da corporação na cidade de Monte Alegre quando ocorreu o crime.  Jose Mathias que estava sentado no banco de trás e o colga assassinado sentado no banco da frente do carona. De uma hora pra outra o sargento teve o surto psicótico, sacou a arma a e disparou na nuca de Cristyano que teve morte instantânea. A defesa do sargento chagou a alegar que o disparo foi acidental.

A família da vítima não sabe a motivação do crime que, inicialmente, foi investigado pela Corregedoria da PM. Depois o processo passou para a Justiça comum, já que a conduta do acusado não tinha relação com a função militar.