Oposição de Socorro reage ao pedido de empréstimo – “100 milhões é cheque em branco para o prefeito”

Oposição de Socorro reage ao pedido de empréstimo  – “100 milhões é cheque em branco para o prefeito”
05 dez 2022

Um pedido de autorização para empréstimo de de 100 milhões de reais, feito pelo prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Padre Inaldo, provocou reação imediata da oposição na Câmera de Vereadores do município. O vereador  oposicionista, Alan Mota-PDT, em entrevista á Jornal FM 91,3 na manhã desta segunda-feira 5, demonstrando  preocupação com a saúde financeira da cidade e da necessidade de indicação para onde vai esse dinheiro.

“Há pouco tempo o governo do estado liberou R$ 50 milhões de reais para Socorro em obras e o prefeito pegou esse dinheiro e colocou asfalto em cima de asfalto, onde não precisava. Agora ele pede mais 100 milhões. Uma autorização de 100 milhões, para obras de infraestrutura”, alegou o vereador.

Mota chama atenção para dois pontos que chamam a atenção nesse pedido de empréstimo. “Primeiro, ele não mandou uma planilha do impacto financeiro para o município, se o município realmente tem condições de adquirir esse valor de 100 milhões. Segundo, ele não cita quais são essas obras, o receio é que ele utilize esse dinheiro para obras como as que ele fez com o dinheiro que o estado mandou para Socorro”, disse, o pedetista.

Ainda em entrevista o vereador questionou o destino do dinheiro. “Colocar asfalto em cima de asfalto? Quais são essas sobras de infraestrutura? Esse dinheiro vai para o Guajará? Esse dinheiro vai para o Santa Cecília? Vai para a Piabeta? Jardim Mariana? Comunidades que realmente precisam de infraestrutura urgente?”, questionou.

O projeto que pede autorização para o milionário empréstimo, agora tramita em regime de urgência dentro da Câmara Municipal de Socorro. “Eu não sei porque há tanta urgência. Mas acredito que é uma questão de prazo e que eles tenham é até a próxima semana para ser votado”, informou o vereador, que também divulgou que vai se reunir com a oposição do município para cobrar esclarecimentos da Prefeitura.

“Se o município tiver capacidade de pagar esse empréstimo e se comprometer em colocar esses recursos para comunidades que realmente precisam, a gente é a favor, sim, desse empréstimo, caso contrário, a gente não tem como aprovar, se não mostrar capacidade de pagamento e nem para onde vão esses recursos”, encerrou Alan Mota.