O jogador Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, foi acusado de traição no Irã e condenado à morte após se envolver em uma manifestação a favor das mulheres do país, por motivo de “traição”. O evento protestou a morte de Mahsa Amini e finalizou na morte de três policiais. Ele foi preso dois dias depois do protesto.
Azadani está entre nove acusados da morte dos oficiais no evento, que aconteceu no dia 25 de novembro. Diante disso, o lateral-direito será enforcado em praça pública. De acordo com a Iranwire, justiça do país, o jogador será morto em uma praça pública: ‘pagará o preço’.
A razão do protesto era pela jovem Mahsa Amini, de 22 anos, após ter sido detida pela Polícia da Moralidade por não usar o véu corretamente. A crise evoluiu e, agora, os manifestantes pedem o fim da República Islâmica fundada pelo aiatolá Ruholá Khomeini em 1979.
Nos quase três meses de protestos, mais de 400 pessoas morreram e pelo menos 15 mil foram detidas, segundo a ONG Iran Human Rights, com sede em Oslo.
O FIFPro, sindicato que reúne os jogadores profissionais de futebol, emitiu um comunicado informando que a entidade está “chocada” com a decisão da justiça iraniana.
“A FIFPRO está chocada e enojada com relatos de que o jogador de futebol profissional Amir Nasr-Azadani pode ser executado no Irã depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e pela liberdade básica em seu país. Nos solidarizamos com Amir e pedimos a remoção imediata de sua punição”, escreveu o sindicato no Twitter.