Em agosto, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre julho e agosto, as reduções mais expressivas ocorreram em Recife (-3,00%), Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%). A alta de 0,27% foi registrada em Belém.
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 749,78), seguida por Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21) e Rio de Janeiro (R$ 717,82). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 539,57), João Pessoa (R$ 568,21) e Salvador (R$ 576,93).
A comparação do valor da cesta entre agosto de 2022 e agosto de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 12,55%, em Porto Alegre, e 21,71%, em Recife.
Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, com destaque para as variações de Belém (14,00%), Aracaju (12,87%) e Recife (12,35%). Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.298,91, ou 5,20 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em julho, o valor necessário era de R$ 6.388,55, ou 5,27 vezes o piso mínimo. Em agosto de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 5.583,90, ou 5,08 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.
Com informações do Dieese